Aprendendo a gerenciar emoções
Sinto algo e logo mudo, muto, passo de um extremo ao outro facilmente.
Sempre fui assim… volátil? Excessivamente geminiana? Ainda não conheço uma boa definição. Só sei que cada dia me torno mais consciente dessa montanha-russa de sentimentos, nos quais vou saltando de emoção a emoção e aprendendo a gerenciar tanta revolução.
Um exemplo: outro dia, em uma conversa por whatsapp que durou 10 minutos, senti irritação, tristeza, ternura, indignação e logo serenidade. Não tenho certeza se, tecnicamente, tudo isso que experimentei são realmente consideradas emoções, mas sei que todo o processo foi intenso e impactante. Senti cada coisa por vez, mas fui passando de uma a outra bastante rápido, de acordo com o rumo da conversa. No final, estava esgotada. Sentir cansa, ainda mais se sua mente decide sentir cada pequena coisa com toda a intensidade possível. Nada de pouca emoção por aqui! Minha alegria é quase palpável, minha tristeza escapa por meus poros, minha raiva queima, minha paz de espírito se propaga, e por aí vai.
Antes, eu vivia à mercê dessas mudanças de humor, não tinha nenhum tipo de controle sobre elas. Lembro de como minhas amigas me provocavam na faculdade por esse comportamento, e de como me sentia impotente por não poder evitá-lo.
Com os anos, segui sem ter esse poder mágico que tanto gostaria, o de poder sentir o que bem entendesse quando quisesse. Mas o ser humano não funciona assim, não é? O que sim desenvolvi foi certa habilidade para reconhecer minhas emoções e fazer algo para potenciar ou apagar o que estou sentindo. Já aprendi que quando estou irritada, relaxar a cabeça com algo banal é eficaz para parar de pensar no motivo da raiva e assim dissipá-la. Também aprendi que a serenidade me faz muito bem, então trato de propagá-la em meu cotidiano fazendo coisas que me trazem paz: escutar música, meditar, escrever… Aprendi com quem conversar ou a que ombro acudir quando preciso escapar da minha tristeza. Aprendi com quem estar para automaticamente multiplicar minha alegria. Fui aprendendo com o tempo e a experiência que, embora não possa dizer a meu corpo o que sentir, tenho todas as ferramentas para delimitar o quanto sinto e o que isso causa na minha vida.
Não é nada do outro mundo, não há nenhuma solução mágica. Ou, se há, eu ainda não a descobri! Somente tenho anos de lágrimas e risos e outras variantes que foram me ensinando a importância de não se deixar consumir por coisas negativas. Além disso, acredito que nossa existência deveria estar centrada na felicidade, então não seria nossa missão trabalhar dentro e fora de nós para que a alegra esteja o mais presente possível?
Nem sempre sou tão boa nessa articulação das emoções, ainda hoje muitas vezes me deixo levar e não posso (ou talvez não queira) coordenar meus esforços para trabalhar nelas. Mas se olho para trás vejo o quanto avancei e isso basta para entender que já cresci muito e que essa é a base para todo o crescimento que há de vir. Sentir é transformar-se e, ainda que seja também algo inevitável, o que fazemos com isso está aberto a milhares de possibilidades. Basta escolher qual.
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