Contando os dias para a Bienal do Livro de São Paulo

Regiane Folter
3 min readAug 20, 2024

Cresci rodeada de livros e histórias, e me apaixonei por elas. Meus pais liam muito e em uma casa cheia de livrinhos, livrões, quadrinhos, revistas, etc, foi fácil começar a copiá-los e me tornar uma leitora serial também. Gostava tanto de passar horas e mais horas lendo que até meu pediatra ficou preocupado: “essa menina tem que brincar, passar tempo ao ar livre, correr na rua”. Em resumo: comecei a brincar mais do lado de fora, mas ainda lia sempre que podia. Poucas pessoas conseguiam entender que ler era como brincar dentro da minha mente.

O passo entre ler tudo que caísse em minhas mãos e começar a contar minhas próprias histórias foi completamente natural. A típica pergunta “o que você quer ser quando crescer?” era respondida com um orgulhoso “escritora!”. Todos aqueles livros que lia me alentavam — um dia teria meu próprio livro também. Contaria as histórias que não havia encontrado em outro lugar.

Nessa época, minha mãe e eu criamos a tradição de sempre ir à Bienal do Livro de São Paulo, que acontece cada dois anos na cidade grande. Era um verdadeiro sonho ir a esse evento tão majestuoso. Onde quer que olhássemos víamos centenas de livros e mais livros, com suas capas de todas as cores e suas páginas repletas de todo tipo de história. Pra quem ama livros, não existe evento melhor como feiras do estilo da Bienal.

O tempo passou, me mudei, já não íamos mais à Bienal com a frequência de antes. Inclusive não me lembro quando foi a última vez que fui ao evento. Mas 2024 veio com várias surpresinhas felizes e esse ano descobri que poderia voltar ao evento não somente como leitora, mas também como escritora. Em 2024 realizo o sonho de estar novamente na minha querida Bienal e dessa vez com meu próprio livro, “Mulheres que não eram somente vítimas”, publicado pela editora Folheando.

A experiência de publicar um livro com uma editora independente como a Folheando tem várias vantagens, entre elas a possibilidade de participar desse tipo de iniciativa. Falo mais sobre isso aqui.

Nessa jornada com a escrita sinto que me transformei muitas vezes e me surpreendi outras tantas mais. Às vezes as coisas saíram como eu esperava, às vezes foram completamente o oposto. Uma coisa é certa: eu nunca imaginaria que estaria onde estou hoje.

Ou talvez sim. Talvez a mini Regiane que começou a se imaginar escritora anos atrás poderia imaginar que muito tempo depois estaria na Bienal com um crachá que diz “autora”. Acho que ela acreditava mais em mim do que minha versão adulta, tão menos sonhadora e tão mais crítica.

Imagina a menininha sorridente que fui segurando nosso livro e pulando de alegria. Quem disse que sonhos não se realizam?

Te vejo lá?

Bora!

Obrigada por ler ❤ Se gostou, deixe alguns aplausos 👏

Outras histórias e meus livros em: regianefolter.com 💛

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Regiane Folter

Escrevi "AmoreZ", "Mulheres que não eram somente vítimas", e outras histórias aqui 💜 Compre meus livros: https://www.regianefolter.com/livros