Dias e dias…
Nada é estático, nada permance uma coisa só pra sempre
Tem dia tão tranquilo, no qual conseguimos fazer tudo que nos proponemos e ainda sobra um cadinho de tempo pra descansar. São dias suaves, com menos tarefas e mais tempo pra respirar fundo e lento. Bocadas e bocadas de ar que inflam o peito e a alma.
Tem dia que é puro movimento. Dinâmico, veloz. Esses dias passam rápido e cansam muito porque pulamos de um fazer a outro, sem parar. São muitas as tarefas e a respiração se torna mais escassa; só o suficiente para seguir em frente.
Gosto mais do primeiro tipo de dia, embora entenda que, como tudo na vida, nada é estático, nada permance uma coisa só pra sempre. Alguns dias são sossegados, outros são completamente o oposto, e por aí vamos. Algumas vezes precisamos da tranquilidade, em outras ansiamos por movimento, e nossas vontades vão mudando, mutando, a cada passo.
Celebro os dias frenéticos e audazes, de muito trabalho e encontros. Nesses dias alcanço metas e abraço a sensação de dever cumprido. Sinto aquele cansaço gostoso quando me deito de noite e sei que vou dormir como uma pedra. Nos meus sonhos, antecipo os dias de calma que vão vir pra equilibrar a balança.
Celebro também os dias pacíficos, de pura contemplação e malemolência. As horas se estiram e sinto que tenho tempo pra tudo, mas nenhuma pressa. Tomo as coisas com calma, me movo mais devagar e curo qualquer dorzinha muscular que ficou dos dias de correria.
Uma coisa complementa a outra e a roda segue girando.
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