Estar vs Ser
Às vezes parece que somente sei estar, não ser
Que prazer escapar do cotidiano, da correria, do fazerfazerfazer…
Tendo a entrar numa inércia de ações, num constante movimento que engata tarefa atrás de tarefa sem se importar muito com o descansar. Sem ver valor no “fazer nada”.
Às vezes parece que somente sei estar, não ser. O estar insinua dinamismo, ação. Agora estou nisso, em duas horas vou estar em outra coisa. Pulo de projeto a projeto, atividade a atividade, meta a meta.
Já o ser é mais estático, porque se relaciona com essência e propósito, coisas mais imutáveis. É mais sobre repouso do que alvoroço. É mais substantivo que verbo. Se move de forma mais cuidadosa e lenta.
E se tem algo que me incomoda é a lentidão.
Mas, às vezes, ela é necessária. Cada vez mais me vejo necessitando parar um pouco e somente me dedicar a ser. O constante estar carece de sentido. Pode ser que esteja ficando mais velha e com os anos vou perdendo o interesse nas coisas ágeis e superficiais. Amadureço e ganho uma claridade que me faz ser mais exigente com o tempo que tenho: melhor realizar algo com significado e profundidade do que me afogar em fazeres banais e rasos.
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