Frases e reflexões sobre amor e perda

Você já sofreu por amor?

Regiane Folter
3 min readSep 24, 2022
Foto de Annie Spratt en Unsplash

“I can survive it. I’d rather survive it than never feel it.”

Quando li essa frase do livro “Os sete maridos de Evelyn Hugo”, de Taylor Jenkins Reid, fiquei impactada de uma forma…

Não quero dar spoiler pra quem não leu, mas preciso explicar o contexto. Numa parte da história, uma pessoa está doente e, quando conta isso a seu grande amor, lhe pergunta se acha que vai ser capaz de superar sua morte. E a resposta da outra pessoa é justamente essa:

“Posso sobreviver a isso. Prefiro sobreviver a isso do que nunca ter sentido". (tradução própria)

É de uma sabedoria e de uma realidade tão grande… Quem ama sabe. A perda é inevitável em qualquer tipo de amor. Tudo é cor-de-rosa até que algo acontece e as cores do cenário mudam. Alguém se vai, algo já não é igual, alguém mudou, algo machuca. E pela janela só vemos escuridão.

Mas, mesmo imersos na dor, mesmo no pior momento da perda, quando estamos entregues ao desespero e tristeza, ainda assim sabemos que valeu a pena. Valeu cada segundo. Só existe luto porque houve felicidade. E é preciso passar por esse luto para superar o fim e partir pros novos começos.

Outro verso que me faz pensar nisso é esse aqui:

“‘Tis a fearful thing

to love what death can touch.

A fearful thing

to love, to hope, to dream, to be —

to be,

And oh, to lose”

Ou na minha interpretação barata em português:

"Que coisa temerosa

amar o que a morte pode tocar.

Uma coisa temível,

amar, ter esperança, sonhar, ser-

ser,

e, oh, perder"

Normalmente associo essa ideia de perder alguém com a morte, a perda mais extrema de todas. Mas todos conhecemos outros tipos de perdas, talvez menos definitivas, porém igualmente impactantes. As pessoas que amamos ou até partes nossas podem(os) ir embora de distintas formas ou por distintas razões. E precisamos aprender a lidar com isso, pra dor ser mais digerível, pra tirar dela um aprendizado.

Importante aclarar que estou falando de amores saudáveis, nos quais as coisas boas sempre pesam mais na balança. Amores que nos fazem crescer, que nos deixam felizes, que nos iluminam. Mas que, eventualmente, também chegam ao fim. Aquelas relações que se vestem de amor e falam como o amor, mas não se comportam como ele, não entram nessa discussão. Tem muito relacionamento por aí baseado em abuso e terror, e que de amor mesmo não tem nada. Por essas relações não vale a pena nenhum segundo de dor, nenhum arranhão sequer. Sentir só dor não serve de nada e deixa cicatrizes muito profundas. Sei bem disso.

Recomendo o livro da Taylor e recomendo o texto antiquíssimo com os versos que mencionei. Mas recomendo, acima de tudo, amar. Amar, muito e com todo o seu ser. Amar loucamente! Em algum momento vai doer, isso vai. Mas depois que você enxugar as lágrimas e levantar a cabeça, verá como aquele sentimento te inspira a continuar seguindo em frente.

Obrigada por ler ❤ Se gostou, deixe seus aplausos 👏

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Regiane Folter

Escrevi "AmoreZ", "Mulheres que não eram somente vítimas", e outras histórias aqui 💜 Compre meus livros: https://www.regianefolter.com/livros