Experimentando: uma vida offline

Menos scroll, mais consciência

Regiane Folter
4 min readSep 27, 2021

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Tô numa maré de reinvenção por aqui! Motivada! 💪 Mas, antes de sair mudando tudo, decidi encarar esse processo por meio de pequenos experimentos que me tirem da zona de conforto e me ajudem a provar coisas novas. Tudo isso com o objetivo de descobrir exatamente o que quero mudar e o que quero manter.

O primeiro experimento que fiz foi escrever mais à mão e construir um relato sobre essa experiência e o que isso causou em mim — o resultado dessa ideia você pode ler aqui. O segundo experimento foi passar uma semana sem redes sociais; queria escapar especialmente do Instagram. Além de sumir das redes, diariamente registrei como estava sendo a abstinência em áudio, também para experimentar um novo formato de registro de histórias. Decidi compartilhar essa experiência aqui no Medium, transcrevendo os áudios e contando como foram esses dias offline.

Vamos lá!

Dia 1

Comecei hoje a vida sem redes sociais que, no fundo, no fundo, é uma vida sem Instagram. A danadinha é a rede social que mais uso e acho que adquiri um certo vício nela: entro muito no Insta, o tempo todo; num tô fazendo nada entro, e se tô fazendo alguma coisa, entro também porque, né, quem sabe quando vai aparecer algo super interessante no feed? O pior é que nessas situações nem vejo direito o que tá rolando dentro da rede e tampouco participo ativamente do que está acontecendo na vida real. Zero presente em ambos universos, virtual e físico, mas insistindo em estar nos dois. Sei lá, tô cansada de estar tão conectada o tempo todo. Acho que não é saudável.

Também penso que nesse último tempo coloquei uma pressão gigante no Instagram e em misma, associando muito do que eu faço lá com a minha carreira como escritora. Estou constantemente vendo seguidor por seguidor, quem seguiu, que seguidor perdi, quem colocou like, quem não, que post foi sucesso, qual não foi, e assim vai… Embora saiba que, como alguém que cria conteúdo online, é sim importante usar as redes de forma estratégica, ao mesmo tempo acredito que não posso me tornar uma escrava delas. Até porque o Instagram (ou coloque aqui a sua rede favorita) não pode ser a principal prova que valida quem eu sou. Não é por causa da aprovação das pessoas, do like ou da falta de like, que sou mais ou menos escritora. Ninguém é mais ou menos algo só por causa do que rola em seus perfis online.

Então nesses próximos dias quero me desconectar um pouco e ver o que que rola, como me sinto. Observar o que muda em mim, se algo muda. E também experimentar uma nova forma de contar histórias, que nesse caso está sendo por áudio, algo que nunca fiz muito. Acho que vai ser bem interessante me escutar depois de alguns dias! Esse primeiro áudio estou gravando no gravador do celular mesmo, então depois vou ter que transcrever tudo isso que estou falando, o que talvez não seja o processo mais eficiente. Vou procurar alguma app legalzinha que transcreve áudios automaticamente pra fazer o trabalho duro por mim.

Olha, até que foi bem tranquilo estar offline hoje! É verdade que, como trabalho com marketing, não posso me desconectar 100%. Então sim, hoje tive que entrar no LinkedIn pra fazer posts nas páginas das empresas com as quais trabalho, a mesma coisa no Facebook, etc. Mas não estou entrando pra passear, faço o que tenho que fazer e saio. Sem rolar pelo feed, sem ver as notificações. No caso do Instagram, até saí da minha conta no celular pra não cair na tentação. Uma hora, sem querer, abri o Instagram pela web app e assim que vi as bolinhas vermelhas das notificações senti um pico de adrenalina, sabe? Minha mão coçou pra clicar nelas e ver o que tinha rolado. Mas fui firme e forte e fechei o navegador decidida.

É bem automático pegar o celular a qualquer momento do dia, no intuito de dar uma passadinha pelas redes, mas aí lembro que não posso. Quando senti esse impulso hoje, o que fiz foi dar uma olhada no whatsapp ou no email. Claro que a ideia não é ficar viciada nessas apps ao invés das redes, mas pelo menos geram muito menos atração que o Instagram. Não tem tanta notificação, não tem tanta story, não tem feed onde posso perder horas scrolleando, e scrolleando, e scrolleando um pouco mais…

Bom, por enquanto tudo bem. Hoje li muito mais do que vinha lendo antes. Por exemplo, numa hora estava na sala de espera da dentista e, ao invés de me perder no loop do Instagram, aproveitei para ler uns artigos que tinha salvo há um século e nunca arrumava tempo para ler. Esse parece ser um gande plus da vida offline. Sigo provando…

Continue lendo no dia 2 desse experimento.

Obrigada por ler ❤ Se gostou, deixe seus aplausos 👏

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Regiane Folter

Escrevi "AmoreZ", "Mulheres que não eram somente vítimas", e outras histórias aqui 💜 Compre meus livros: https://www.regianefolter.com/livros