Menos maquininha, mais humana

Dia 3 do experimento off redes

Regiane Folter
3 min readOct 1, 2021

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Já leu os dias 1 e 2? Então pode continuar :)

Olá! Vamos pelo dia 3 sem redes sociais. Curiosamente, hoje está mais fácil que ontem. Tô tentando me liberar um pouco mais do celular, então até o email estou evitando. Nesses últimos dias só entrei no Face ou no LinkedIn por causa do trabalho, fiz o que tinha que fazer e tchau, tchau. Olha, eu achei que a essa altura já estaria subindo pelas paredes, ansiosa pra me conectar de novo. Ao invés disso, tenho me ocupado com outras coisas. Estou lendo muito, vendo série, jogando. Tentando ser mais consciente do que estou fazendo no momento em vez de ficar tão fissurada com a telinha.

Eu realmente aproveito desses momentos de menor conexão. Fiquei lembrando de como isso me sai naturalmente quando viajo. Minha última viagem foi quando estivemos no Brasil antes da pandemia começar. Eu não tinha roaming, então dependia do bom e velho wifi. Era a desculpa perfeita pra ficar longe das telas! Preciso utilizar essa desculpa mais vezes, viajando ou não.

Isso me fez lembrar do quanto demorei pra colocar um plano de internet no meu celu porque sabia que era um caminho sem volta. Claro que é útil ter conexão a qualquer momento e em qualquer lugar, mas também é uma cilada. É tão fácil entrar e me perder nos aplicativos, em qualquer momento e em qualquer lugar…

Espero que ficando fora das redes consiga estimular a criatividade e diminuir a ansiedade. Também espero que seja um caminho para me re-inventar no uso do Instagram como autora. Quero estar aí, mas só se for pra gerar engajamento de verdade, conversas reais, interação honesta. Hoje em dia vezes me pergunto se meus posts lá não são meio sem sentido... Tem alguém interessado no que tenho pra falar? Talvez seja hora de provar um formato diferente.

Eu tenho essa mania: quando começo a fazer alguma coisa e acredito que é uma boa ideia, repito essa ideia, repito de novo, e de novo, até entrar num loop constante e imparável. Com o tempo, deixo de fazer o negócio porque tinha um objetivo e começo a fazer só porque gosto de riscar a tarefa na minha agenda, da sensação de dever cumprido. Mas o que era uma boa ideia em um momento pode deixar de ser com o passar do tempo. Entro na coisa mecânica, no piloto automático, e nem sempre quero encarar que já não tem mais propósito fazer o que vinha fazendo. Carece de razão. Espero que estar fora das redes me ajude a ter mais consciência e me leve a questionar: isso aqui ainda faz sentido ou é hora de um makeover? Talvez eu risque menos tarefas na agenda, mas pelo menos vou me sentir realmente satisfeita com elas ao invés de esmagada por uma grande bola de neve de ações múltiplas e inúteis.

É um trabalho de desconstrução da minha forma de encarar o mundo, os projetos e até mesmo a minha vida no geral. Acho que vai por aí. Também é um desafio porque nem sempre tenho paciência ou vontade de me transformar. É mais fácil fazer, fazer, fazer como uma maquininha, como me dizia um chefe meu. Mas uma maquininha não é capaz de contar boas histórias. Precisa ser mais do que isso, preciso ser humana.

Continue lendo no dia 4.

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Regiane Folter

Escrevi "AmoreZ", "Mulheres que não eram somente vítimas", e outras histórias aqui 💜 Compre meus livros: https://www.regianefolter.com/livros