Season finale!
Dia 5 do experimento escrevendo à mão
Esse é o final de uma jornada. Se ainda não leu os textos anteriores, comece por aqui:
Último dia do experimento escrevendo mais à mão! Que rufem os tambores! Foi interessante. Não cheguei a ir a nenhum café charmoso pra escrever enquanto tomo um bom latte, muito chique, amo! Não deu, mas, mesmo assim, curti a experiência. Me senti conectada com o que ia escrevendo de outra forma, como se estivesse mais próxima das palavras do que quando escrevo pelo computador. O ato de mover a caneta, a textura do papel, o cheiro da tinta. Muitos sentidos estimulados! Não planejo abandonar o Evernote com seus cadernos digitais de espaço infinito, nem meu laptop e seu teclado tão cômodo. Não mesmo. Mas quero sim escrever mais à mão, quero que de um experimento esporádico se torne um costume frequente. Um lembrete, um afago, uma ferramenta que me ajuda a me sentir escrevendo mais do que qualquer outra.
Além dessa conclusão, o experimento também me fez pensar em como é gostoso sair do molde de vez em quando. Toda novidade vira rotina com o passar dos dias e, quando estamos no piloto automático por muito tempo, é bom fazer uma pausa e procurar um novo caminho. Gosto muito de rotinas, não me entenda mal. Gosto da constância, da repetição que ensina e que agrega. Gosto de ir colocando um tijolinho em cima do outro, de me dedicar a algo com resiliência e foco, de ver uma ideia germinar e crescer. Tijolinhos todos juntos que viram um edifício belo e sólido.
Mas também sei que rotina demais cansa, a repetição desgasta, a paixão se esfumaça e começo a fazer por fazer, sem propósito nem prazer. Então é altamente recomendável dar uma chacoalhada nas coisas de vez em quando e se deixar inspirar por novas formas de fazer, pensar, ser.
Amanhã começo outro experimento, outra rodada de ações que fogem do meu dia a dia e me colocam em uma posição diferente ao que estou acostumada. Pode dar certo, pode não dar. Só sei que vou deixar a curiosidade me levar e (re)descobrir porque faço o que faço e também como quero fazer as coisas daqui pra frente.
Mais reflexões sobre a escrita:
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