Começos, fins e o que está no meio

Ando fechando ciclos e abrindo portas

Regiane Folter
2 min readApr 29, 2022

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Photo by Pawel Czerwinski on Unsplash

Nos últimos tempos, vivi vários começos e fins. Ando fechando ciclos e abrindo portas. Nada como deixar a luz do sol entrar em casa, sentir o ventinho fresco que vem lá de fora e limpa o ar pesado que às vezes se acumula aqui dentro. Coisa boa.

Começando pelos fins, que coisa difícil é dizer adeus, vocês não acham? Pra pessoas, costumes, ideias, coisas, partes de nós mesmas… Duríssimo, mas acredito que é melhor aprender a dizer adeus sim, viu Leonardo, porque senão nos vamos (ou se vão) assim de repente, vapt vupt, e quando a gente vê, já é tarde. Já não dá mais tempo. Então minha dica pra vocês é: saibam viver seus fins. Celebrar, brindar pelo que foi, chorar se for preciso, rememorar. Assim fica mais fácil reaprender a seguir em frente sem aquela perda. Closure, como eles dizem em inglês. Será que tem alguma boa palavra em português para nomear esse verbo/momento de despedida do que foi e do que já não será? Se vocês conhecem alguma, podem me contar.

Sobre os inícios, encontro conforto em vários projetos bem bonitos que estou realizando nesse 2022 e que, como não podia deixar de ser, envolvem livros e pessoas. Não consigo ficar muito tempo parada, então estou sempre inventando moda. Adoro planejar, pesquisar, fazer listinhas, calendários, e definir próximos passos. O objetivo pode ser desde organizar o guarda-roupa até escrever meu próximo livro, ou seja, não importa o nível de complexidade da tarefa. O importante é sentir que avanço, cresço, faço e aconteço.

No meio desses dois pontos, começo e fim, reina a rotina. A continuidade, o dia após o outro, o fazer que transforma ideia em realidade. O passar do tempo que transforma luto em saudade. O fazer que invariavelmente em algum momento nos levará até o ponto final.

Não sei vocês, mas eu tô cansada. Depois de mais de dois anos de vida pandêmica, sentir que ainda temos muito caminho pra andar até voltar a uma vida normal é desgastante. Mesmo assim, seguimos caminhando. Cuidando da saúde mental, exercitando a paciência, e encontrando paz nos inícios, meios e fins que são, no final das contas, a história mais maravilhosa: a nossa.

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Regiane Folter

Escrevi "AmoreZ", "Mulheres que não eram somente vítimas", e outras histórias aqui 💜 Compre meus livros: https://www.regianefolter.com/livros